quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Discorrendo sobre o que ulula

Algum doutor diria de modo mais elegante, eloquente e profundo, mas sendo eu.  Vai do jeito que sei. O eu em inglês está ligado ao latim no conceito de identidade, individualidade.  I, Id, Identity. O eu lusófono ao grego no conceito de bom. Eugênia, euforia, eubiose, eutanásia. Deixando de lado o sentido que estes tomaram modernamente e atando-se a étimo eu, bom ou boa. Mesmo não sabendo conscientemente o lusófono tem essa pretensão de bom, o tolo, o celerado, qualquer um falante desta tem essa impressão de si, mesmo o mais deprimido lusófono o tem. Que é bom demais.  A musica "I'm too sexy" se fosse em português seria algo como: eu sou muito bom. Talvez não só pelo fato da surdez marítima, mas somada essa empáfia pretensiosa é que fez e faz sempre darmos nomes de fonação bem diversa a do estrangeiro, do Japão ao narguile, passando pela língua de Paulista.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Satélites de Marte

Já estive nestes dois e nem lembrava.  Uma vez quando acampava com a minha família estrita e expandida,  tive medo irracional que o lago saisse dele mesmo e nos afogaria e o cansaço aumentava a cor desse medo,  deixando-o em tecnicolor. E naquela época não tinha minha SAHOS diagnosticada.  Hoje com ela diagnosticada sei que não era medo,  era pânico e mesmo em pânico mantinha-me no papel de destemido. Com minha filha em meus braços e mantendo me firme

domingo, 28 de junho de 2015

Funk

Nélson Gonçalves era gago, mas quando cantava jamais transparecia. O funk como estética parece música para gagos, crianças e eunucos: com samplers de vozes que se repetem ao infinito, mas não vai além. Com vocalistas com timbre de criança/adolescente e melodia de campanhia. E querendo mostrar a virilidade, por conta da temática, de um eunuco por quê quem faz, não  tem a necessidade de auto afirmar como fazem os eunucos que ouvem isso. E olha gosto de Defalla que já passou por ai, mas não estacionou. E depois de escritas estas me deparo com um funk que cita a questão do nióbio e a educacional de modo inteligente, para surpresa e deleite.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Bom negócio

Os conceitos se intercalam e se interpõem, e difícil dirimir os problemas enquanto eles se apresentam e continuamos a pedalar esta bicicleta chamada vida. Tenho para mim que o ótimo só pode se-lo quando é bom, pois o será para todas as partes envolvidas que seja ótimo para parte, para outra parte será ruim, agora sendo bom para as partes, fica ótimo. Então o que este texto diz é que: isso é  aquilo e vice-versa. O humano é o domínio no universo onde o paradoxo reside.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Você é alguém?

É a pergunta pessoal mais profunda, quando vertida para quem sou eu? Mas via de regra é só mostra de como funciona a cultura da carteirada, não só o imbecil investido de algo, por ser funcionário de algum lugar (o Bózo), pertencer a alguma categoria (os deuses que não podem passar por fiscalização), ser parente de alguém ou conhecido ou mesmo ser vulto. O imbecil que por estar inserido com firmeza nesta cultura, te pergunta quem você é, para saber de quais poderes estas investido, por mandato, procuração, parentesco ou conhecimento. A questão da impessoalidade (que na magna carta é positiva) é distorcida ou simplesmente torcida a ponto de tornar impossível atender, cuidar, chefiar, gerenciar quando não for dos meus, portanto pessoal.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

A agulha

A agulha fálica, já falei do Zeppelin fálico e o Rogerio Skylab com seus versos de: "Falo, falho" com certeza o primeiro não é verbo. Mas agulha que embora delgada alimenta família na mão dum alfaiate, também é símbolo não só do trabalho, mas também dele que falha, pois em alguns contos o que conta é o detalhe, a roca (ou roda de fiar) é só o objeto de suporte da agulha que feriu a bela que adormecerá, de modo semelhante a Rapunzel sempre esta no alto da torre (fálica), não no castelo, não na masmorra. Talvez eu seja obsessivo, talvez a cultura deva ser adjectivada desta maneira sobre o Dick. Que por vezes é monsieur Le Cock

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Palavra Cantada Sem pé nem cabeça - O musical

Fui ao musical que hipoteticamente é para crianças, mas como no prefácio de O pequeno príncipe, pode ser para criança que fomos um dia atrás. O musical tem animação de bonecos e é fundeado na obra do palavra cantada, que por sua vez me remete as estórias infantis da Dona baratinha e na estrutura cíclica dA formiguinha e a neve. Embora da fundação, cita percussão corporal (como Stomp), dança, interação com a platéia e por fazê-lo de modo agradável é ótima peça, arrebatando crianças e acordando a adormecida nos adultos. Com um ou outro problema de equalização nos personagens da bruxa e do zangão e uma ou outra falácia, como a da bolacha de água e sal, mesmo assim se mantém como experiência rica, animações de personagens como a nuvem, solucionadas de modo elegante.

sábado, 18 de abril de 2015

Revolvendo

Familia Franco conseguem ser emocionais e inteligentes, além de fazer com que o público se sinta parte da família.
O álbum Revolver que devia ser contraposição ao dos Beatles Revólver, que grafado em inglês não tem acento. Vai ser relançado. Já o álbum Animais que de longe parecem moscas. Teve sua música Água e sal cantada para minha filha a milhões de anos atrás e a água e sal era o modo de exprimir aquela dor. Algum tempo depois a música do Tutano: Quem puxa aos seus não degenera não, me consolava depois de uma queda e coice. Os 622 lugares estavam quase a plena tomados, mas faltou um pelo menos. E o numero tende ao 6,18.. que ilustra a beleza e como foi belo!

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Troll e a estatística

Rubinho Troll em seu Gênio de 3 corações diz que: 

O rei Pelé em sua carreira não marcou gol
em 83 dos jogos que jogou
isso não é sobre Pelé uma crítica não

quem sou eu pra criticar um gênio
por defeito em suas ações
quem sou eu pra criticar um gênio
de 3 corações

os que ele marcou foram 1280 gols
mas os jogos foram 1363
tente imaginar deve de ser duro
não conseguir marcar

  sem contar amistosos e seu tempo no Cosmos

 Seria verdade se marcar um gol por partida, então é lógica capenga, embora a música seja legal e a letra empolgante e na mesma letra ele diz que:

Quem sou eu pra criticar um gênio
que venceu ingleses e alemães
quem sou eu pra criticar um gênio
de 3 corações

Eu embora sendo um grande perna de pau e só sabendo do que não gosto, assumo sim que crítico o Pelé. Os mesmo a sua genialidade me é estranha, quando se finta o juiz e cava se faltas não pode estar correto. Talvez noutra época era sagacidade, hoje só cheira trapaça.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Musa e a sua irmã feia

A mnemonese já foi elogiada por mim em outras linhas, mas ela tem uma irmã gêmea siamesa que é feia para danar.
Não sei o nome dela, mas ela se apresenta sempre como slogan, ou grito de guerra, ou ainda como isso que não sei como classificar (talvez gana fratricida) quando um brasileiro vê outro brasileiro e grita: - vai para cuba! E fica mais ridículo, quando a ânsia de matar o irmão aumenta por este estar vestido de vermelho, e já não há superlativo que descreva quando o alvo desta ânsia fratricida é um irmão que comunga das idéias e é mal reconhecido (mismatch) é reconhecido como inimigo, e o amigo que recebe fogo que quis usar algo mais sofisticado como humor, recebe ácido. E o vermelho como símbolo eleito/fabricado símbolo comunista justo na terra dos homens do gentílico que indica a madeira do corante vermelho (dai a cor de brasa daquela madeira), tudo bem hoje ela é usada para arcos de violinos e congêneres, porém essa de pegar em garra só serve para arcos de violino.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O país dos sem vergonha

Três vezes em três lugares distintos. Na última com o vale cultura à cinqüenta contos os shows saltaram para cinqüenta contos, terrível coincidência. Noutra com FIES as faculdades implementaram um desconto que apesar de o governo pagar a priore, não é estendido ao governo que no final é dívida do educando. Mas embora seja desconto que é multa travestida, o educando deveria saber fazer contas rasas, mas é querer demais. E no aquecimento do mercado imobiliário com minha casa minha vida, onde o mercado simplesmente inflacionou nos preços e deflacionou a metragem dos imóveis ambos exponencialmente. Em três pontos da economia, só empresário esperto. E tirando por base o supermercado onde tudo aquilo que é furtado e repassado aos preços, do mesmo modo como os bancos e financeiras repassam as inadimplências aos bons pagadores. No final das contas quem paga é o consumidor que não pode viver sem o pãozinho.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Malhando o Judas

A descrição sempre é diferente da realidade, por mais palavras que se diga, por mais cores que se use. A realidade é sempre mais abrangente e sempre mais complexa. E as pessoas insistem em modelos muito simplificados da realidade. As dicotomias de bem e mal tem sua serventia. Mas o malhar o Judas (o apóstolo que traiu Jesus) para mim e mostra de dentes afiados e má digestão da própria violência, enquanto o jogo de futebol é batalha estilizada o malhar o Judas é estilização do linchamento e todos são contra a guerra e o assassinato. E o assassinato feito pela turba ensandecida não deveria, ou poderia ser estilizado por aqueles que apregoam a paz, o amor e a tolerância.

terça-feira, 31 de março de 2015

Capitão do mato e Capitão Nemo

A ironia pode ser só o destilado do ódio. Mas as vezes é mostra de inteligência ou pelo menos sagacidade, ou simplesmente modo de digerir os paradoxos que vivenciamos. Numa época de escravatura, onde alguns destes eram libertos, a expressão capitão do mato descrevia bem o que teria a maior patente, mas continua sendo ninguém e acredito que até hoje é evidente porque o mato não produz hierarquia. Já em vinte mil léguas submarinas, a ironia do Cap. Nemo parece não ser captada pelos tradutores, pois nemo é ninguém e em português fica Cap. João Ninguém é ironia refinada para mostrar o que ninguém fez até agora. Pelo menos na minha perspectiva.

domingo, 29 de março de 2015

Dicotômico genericamente.

O alcançável, o inescrutável.
O dia, a noite.
O poço, a poça.
O homem, a mulher.
O antagonismo, a similaridade.
A vida, a morte.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Irascível

Provavelmente é bobagem e não etimologia, mas do hungry para angry é só um pequeno tropeço, não é passo e por ser análogo só pode ser tropeço. Do apetite passando pela fome e desaguando na irá

domingo, 15 de março de 2015

Cego para outro sentido

Durou uma vida inteira, o não perceber do por que a alegria do palhaço é ver o circo pegar fogo. No meu caso, quase uma noite para perceber que a lanterna a ser consertada era do automóvel e não uma de mão, pois numa viagem com amigos, alegaram que demoraram pois o irmão teve que consertar uma lanterna e na minha mente atrelou-se a ideia da de mão e não conseguia soltar, e não por escolha e sim, por não ver outra acepção para lanterna. O CID caiu ele que tinha nascido com minha filha, não da para comemorar como o CID da homossexualidade que o dia que deixou de figurar virou o dia do orgulho gay. No passado me achava (assim como outros me achavam) preguiçoso e como esta lógica me era familiar a abraçava, depois descobri que existe uma síndrome da apnéia no sono (SAHOS) que ainda tem CID e não mais padeço, controlo, mas percebo que minha preguiça era a medida errada de um fato. Meu pai é um ser irascível e atado a lógica e vejo vários traços nele, naquele que não via sentido na alegria do palhaço e em mim. E tomando a lógica inerente ao cego para as cores que em português é Daltonismo, mas elucida a questão de cego para partição, que pode ser para as cores ou para porção da linguagem. O porque da alegria ser o fogo, não o palhaço não é piromaníaco, é que o riso quando se espalha qual fogo só pode ser a alegria do palhaço.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Rocky

Uma frase que consegue ser cômica e emocional ao mesmo tempo em inglês é "I see blues skies through the tears in my eyes" por conta da beleza dum céu azul e a ascepção de tristeza da palavra blues que cria um paradoxo momentâneo. E mesmo que fosse só uma descrição, ainda fica interessante. RHPS rules, como a piada do coming que tem dupla ascepção e na cama ele responde que atenderá a porta, o que pode ser tanto atender a porta como a possibilidade do gozo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Ministério da verdade

Sempre soube que Johannes Kepler tinha formulado as que descrevem as órbitas elípticas dos planetas, mas antes do superior nunca tinha ouvido falar de Tycho Brahe e deduzia eu que o Kepler teve uma dor de barriga e cagou aquelas fórmulas. Semelhantemente Ampère fez sua fórmula para mostrar como e de que forma flui aquilo que temos por corrente elétrica, mas o precursor dele que fazia as medidas a história relegou ao esquecimento como o Brahe. E muitas vezes simplifica-se ou omite-se parte importante para não cansar o ouvinte ou até mitifica-se como no caso Frankenstein cuja criação (do livro) seria aposta entre Stoker, Biron e a autora. Só sabe mesmo como e quando quem vivenciou e mesmo algo insofismável como um filme (a película cinematográfica) cabe perspectiva. Veja o ilha das flores que foi rodado em Porto Alegre na ilha grande e trouxe para seus habitantes, mais isolamento por contra da perspectiva do continente "do povo que disputa comida com os porcos" e conforme outra película a história que culminou no roteiro trazia respeito ao povo daquele lugar e não o desrespeito de colocar criação sobre ou com prerrogativa ao próximo. Tudo bem que grãos como soja é para gado, quando poderia ser pleno para humano. E a cena em questão por ter uma acepção maior que o fato gerador, por estar aliado a esse outro fato. A verdade é assaz difícil, pois esta ligada a perspectiva de fato e a visão embora nos permita calcular distâncias, nos prega peças, algumas cômicas, outras mórbidas.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Je ni papo

Não que tenha sido bom, mas sou da época do carro bomba onde qualquer incauto e o cauteloso, ia junto. Agora pelo menos além de alvo, eles tem mira e para minha interpretação é menos ruim que antes. E qualquer maneira estou doutro lado de dois oceanos, aqui temos na polícia que use as ditas de efeito moral para criar situações antagônicas as de disperção, antagônicas à segurança pública, não estive, nem estarei nos protestos, mas até mesmo num zumbi walk vi policial sem a identificação que concerne e de coldre desabotoado. Não, não da para generalizar, tanto que conheci gente no choque que são cavalheiros. E até na evolução da descrição dos Titãs que nos oitenta era Polícia e agora é Fardado, onde hoje pede-se empatia, coisa que na outra nem dava.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Reinterpretação

Na época do selfie (auto retrato instantâneo, grato pela correção Sr. Leandro), egoisticamente não temos tempo para reinterpretar (a quarta parte da arte, reservada ao público), quaisquer arte, por que tem que se provar que estive, que vi, que provei. Porém vivenciar e reinterpretar não há tempo. Um artista provocador como Muick não pode ser digerido, pois com lambidinhas destes lambe-lambes não tem como digerir esta arte que com o seu hiperrealismo, como com cores fortes, tira o foco do que se tem a dizer. Para minha pessoa o homem na piscina é mais um Cristo na parede. Para meu entender a mulher nua e o feixe é como Laranja mecânica. O homem no barco é só solidão. E estava lotadissimo na Pinacoteca.