sábado, 27 de março de 2010

primeiros no singular

Somos uma cultura que não sabe se comportar colectivamente, quando supomos estar sob a proteção do comum agimos como malta, na fila, no transito, nas igrejas (que presta o grande serviço de catarse coletiva, mas é tema apara outras linhas). Sobre as igrejas deixa para algum próximo, sobre o transito só posso reclamar e torna-me-ia mais insuportável do que sou, agora a fila eu convivo com ela e é sobre ela que são estas.
Não sirvo a filas, mas ao indivíduos que as constituem e estes, salvo exceções, são mal educados e imersos na cultura de senhor/escravo. Mal-educados, pois não se furtam a interromper algum atendimento justificando, para si mesmo que simplesmente estão evitando perder tempo na certificação de que estão na fila correta, mas ao interromper o atendimento, o raciocínio e tudo mais que concerne tomam tempo (para não dizer rouba) dos outros que para si é tão caro. Trabalho num lugar com trilhos coloridos no chão e triagem na porta e o cliente não sabe seguir um trilho colorido ou são todos daltônicos ou estúpidos. No aguardar na fila evocam leis que não estão em uso (por estar sob liminar), ou direitos que são comuns a todos nós, mas ao evocar parasse que só servem a quem os evocou (ao euzinho estupido). No atendimento toda a pressa e pedido de celeridade somem, como que por encanto, a pessoa que esta na sua frente sendo servida não é a mesma que estava a vociferar na fila, embora ambas habitem o mesmo corpo.
Cansei desta droga toda. Povo idiota que sirvo. Espero não ofender aos poucos gentis e educados cidadãos o qual servi, mesmo porque estas não são contra eles.