terça-feira, 26 de outubro de 2010

A elite, ma non troppo

A sequência Tropa de Elite 2 eh tão boa ou melhor que a precursora, consegue citar Shakespeare e fazer piada com o autor sem ser pernostica, mesmo que a traição do tradutor não ajude muito a entender qual a questão do príncipe Hamlet ( Que talvez fosse alguma coisa do naipe "Estar ou não estar (vivo) eis a questão (derradeira)"), retomando, o filme eh grandioso como o anterior ao mostrar perspectivas antagónicas dum mesmo ideal, consegue ser altamente nacionalista ao desfiar o que temos de pior, na politica, na policia, na marginalidade. Um paradoxo a 20 quadros por segundo, ou uma coleção destes. E justificando o titulo, o andamento, o ritmo do filme eh perfeito, nada de ralentar e dar aquele sono de filme intelectualoide, tem ritmo, tem harmonia, tem ate melodia imbutida na trilha sonora, mas eh obra cinematografica e paradoxalmente será assistido melhor nas salas de exibição do cinema e nos DVD players do comercio pirata. Se alguma obra ja chegou perto da realidade foram estas, talvez um hiperrealismo brasileiro, afinal de contas somos a somatoria, vetorial ou não de diversas culturas.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Memoria cinematografica

Acho extremamente interessante como a publicidade se apropria de coisas fantásticas do cinema e passa como se fosse ato criativo do comunicologo, tenho como exemplo a propanga da sky onde o comunicologo se apropriou da ideia do Sr das Armas na mão grande e ficou legal, mas.. ou na propaganda do ténis montreal que rouba uma sequência do Hair muito legal, mas no filme o sentido era exatamente o inverso.
Sei la velho e resmungão mesmo e já estou velho e cansado demais, para aceitar o roubo travestido de inovação ou de que quer que seja.
Sei que o formato ligeiro não permite elencar donde se bebeu, sei que citação eh comum em toda e todo midia de comunicação, mas tudo tem limite. Nos dois casos senti que o ilusionista usou seus dotes, não para deslumbrar e sim para roubar a plateia.

Musica de Brinquedo

Fui no show do musica de brinquedo no sesc vila mariana, a apresentação foi soberba, mesmo com todo meu cansaço deu para me maravilhar. Pato Fu eh otimo ate debaixo d`agua. Surpresas e surpresas.

Lunar

Assisti o filme que mistura 2001 e Blade Runner de modo agradável, mesmo porque o corredor de estrela dele é breve, bonito e não me da dor de cabeça e não tem o alvorecer da humanidade que convenhamos é o porre do 2001, se tu consegues passar desta parte o filme todo vai numa boa. Fico imaginando o corredor de estrelas em Cinerama e todo mundo saindo vomitando do cinema pelo excesso e mal estar que ele me traz. O negocio de replicantes do Caçador de Andróides, hoje e muito mais fácil com a Dolly e coisa e tal, e memorias num ser destes que será o próximo bode expiatório da cultura mundial, haja visto que não pode ter alma então não eh humano e se não eh humano pode se cometer toda sorte de desumanidade com. Só olhar para traz e observar que o índio, o escravo, trabalhador e a mulher, são bestializados ou maquinificados cada qual em sua época para que se possa tirar o máximo de proveito deles.

sábado, 18 de setembro de 2010

Segurança da informação

Fico pensando nos norte americanos no fim do seculo retrasado, preocupados com a licitação e posterior ganho desta pela recém fundada Tabuleting Machine Company e com a solução estapafúrdia de cartões perfurados do tamanho de cédula de um dólar, fundada por um estatístico que a priore poder-se-ia considera-lo  encriptador, pois pouquíssimos conhecem a matemática e menos ainda este ramo dela. Que a informação fosse adulterada e beneficiasse estado a prejuízo doutro, que o governo estivesse a elucubrar dados, para poder desviar verbas e utiliza-las na área 51. As duvidas que pairam sobre nosso votação eletrônica, não são de todo descabidas ( poder-se-ia fazer do processo computacional uma coisa transparente para que quem tivesse a capacidade fiscalizasse) porem estamos vivendo uma aura de terror sem bombas, onde com informação e desinformação planta-se artefatos maiores que little boy e quando não se mata, resta o envenenamento.

sábado, 15 de maio de 2010

Souvenir

Lembrança para que o passado toque o presente, Presente para que o futuro seja mais galardoado e essas pessoas na sala de jantar preocupadas em nascer e morrer de modo digno, mas viver deste modo e querer em demasia. 
Uma das dimensões da lingua estrangeira que por muito tempo me passou a largo é que ela aumenta a compreensão da lingua pátria, compreensão esta que esta se esvaindo pela surdez altiva dos lusófonos, que historicamente usa gentílicos que o objeto da gentiliza não vê com tão bons olhos (Japoneses ou gregos entre outros) e pelo embotamento social hipócrita em que vivemos (e queria dar ênfase ao hipócrita como pouca critica, no caso pouca auto-critico) onde o outro, o burguês, o favelado, este que vos fala ou aquele que teriam os cristãos por próximo serão sempre o inimigo, na repartição pública ou na via de mesmo sentido, ou mesmo nas casas que queremos transformar em lar, sempre no estress feroz de que esta preste a atacar ou ser atacado como se todo pilar de civilidade e gentiliza estivesse corroido. E apesar de todos serem cinzas no sentido do Belchior não no do The Cure, alguma coisa deve ter se salvado, pois ate eu quero ser presente suficientemente para ser solvenir na lembrança daqueles que tenho como caros sejam amigos, familiares ou apenas conhecidos. E caros, para por fleuma e para não vulgarizar o amados mas o sentido etimológico. E por falar em vulgarizar sentidos o tão falado hedonismo que vulgarizado é e colocado como no Muito Além do Segredo num espaço dicotómico onde existem os crentes e os outros hedonistas desenfreados, cabe lembrar que o Éden ou jardim dos prazeres é contado pelos cristãos, então não vejo ser mais hedonista que os próprios.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

dicotomia na realidade

Percebo nos veículos midiaticos um poder de apartar-nos da realidade espantoso, pois a menina na propaganda diz algo como no chat por telefone não tem perigo de te mentirem como na internet e minha experiência diz que ai é que te mentirão mais pois se contrata "atendentes de tele-marketing" para encenar que estão em suas casas ou lugar mais aprazível para que esta ligaçãozinha para celular seja o mais duradoura possível e que você gaste o máximo. No jornal televisivo só aparece greve de alguma categoria quando tem quebra-pau ou quebra-quebra a greve per si, ou seja um direito constitucional que alguma categoria profissional exerce só é noticiada na perspectiva que o consumidor esta sendo prejudicado, sendo que o interesse real e que se consuma para que o anunciante continue a fazê-lo. Ou em programas como o CQC onde através de quadros montados induz-se ao crime, mas a vitima do quadro é que o criminoso dizem eles, também o é, mas o mandante do assassinato compactua com o mesmo e por isso deve ser punido conforme legislação A característica mais absurda em comum aos três e que existe uma esquizofrenia induzida pela credibilidade destes veículos que é provável  quando vendo da janela que chove lá fora é na TV anunciasse que não, iremos todos lá fora para conferir afinal nosso própria percepção é falha quando comparada a da massa, ou pelo menos assim acredita-se. Então Democrito e os outros jónios perderam.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Abapuru em todos

Tarsila, o exposo e uma escultura que vi, foi isso que comi como prato principal para regurgitar isso ai. Não vou entrar em muitos detalhes para não estragar a quarta parte da arte, embora eu o faça direto com meu irmão que um sujeito muito bom e um irmão muito bom, quase um Theo embora não troquemos cartas e eu tenha as duas orelhas e eu não saiba pintar, mas mesmo assim ele é um irmão amoroso e dedicado como o Theo. Desejo-lhe um feliz aniversario, desculpe-me se as vezes meto os pés pelas mãos, por toda idiotici que um irmão pode fazer a outro, saiba que te amo e que te desejo muitas felicidades.

Vivendo e quase aprendendo

Duas coisas que achava eu que só tinham o lado ruim é a entropia da informação e a ambigüidade, por as duas diminuirem a eficacia duma mensagem, mas sabendo do MaTHaL, a Arte, a encriptação e a segurança de informação quase consigo vislumbrar algo de positivo

1984 com sua novii lingui é o exemplo mais horroroso de ambigüidade numa lingua onde o uso é somente para não informar. Em linguas não ficcionais existem ambiguidades paradoxais e mesmo assim elas nos tras informação e beleza, estou falando do caso preto/branco do arabe. Em portugues e ingles parece-me que ao contrario do romance distopico, não se reinventa a noticia, mas  usasse de recursos de overloud e DOS para que o público simplesmente ignore tudo o que ocorre, pois com tanta informação em mãos, com material tão farto e com tantos afazeres, simplesmente começamos a repudiar as informações que não convêm ou não temos interresse. E assim é na escola, pois a didatica e parca e a piada é porca e levamos isso para maturidade de evitar toda e qualquer discussão ou esmiussar qualquer conhecimento que não nos seja utilitario de pronto, pois para que serviria fisica quantica no dia a dia ou teoria dos fluidos? Só vivendo o dia a dia de cada um para saber o que serviria, mas nem a melhor das bolas de cristal preveria com exatidão aquilo se fará necessario no futuro de cada um, na minha experiencia tipo oportunidade de aprender pelo menos duas linguagens de programação e aquela que mais desdenhei é a que mais necessito hoje. Acho isso duma ironia tragica sem precedentes, mas é a vida. A minha vida, desajustada e triste. 

sábado, 27 de março de 2010

primeiros no singular

Somos uma cultura que não sabe se comportar colectivamente, quando supomos estar sob a proteção do comum agimos como malta, na fila, no transito, nas igrejas (que presta o grande serviço de catarse coletiva, mas é tema apara outras linhas). Sobre as igrejas deixa para algum próximo, sobre o transito só posso reclamar e torna-me-ia mais insuportável do que sou, agora a fila eu convivo com ela e é sobre ela que são estas.
Não sirvo a filas, mas ao indivíduos que as constituem e estes, salvo exceções, são mal educados e imersos na cultura de senhor/escravo. Mal-educados, pois não se furtam a interromper algum atendimento justificando, para si mesmo que simplesmente estão evitando perder tempo na certificação de que estão na fila correta, mas ao interromper o atendimento, o raciocínio e tudo mais que concerne tomam tempo (para não dizer rouba) dos outros que para si é tão caro. Trabalho num lugar com trilhos coloridos no chão e triagem na porta e o cliente não sabe seguir um trilho colorido ou são todos daltônicos ou estúpidos. No aguardar na fila evocam leis que não estão em uso (por estar sob liminar), ou direitos que são comuns a todos nós, mas ao evocar parasse que só servem a quem os evocou (ao euzinho estupido). No atendimento toda a pressa e pedido de celeridade somem, como que por encanto, a pessoa que esta na sua frente sendo servida não é a mesma que estava a vociferar na fila, embora ambas habitem o mesmo corpo.
Cansei desta droga toda. Povo idiota que sirvo. Espero não ofender aos poucos gentis e educados cidadãos o qual servi, mesmo porque estas não são contra eles.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O cara

Rogério Skylab no seu Lava as mãos, aproprio-se da John the Fisherman do Primus ( é mal habito dele homenagear outros artistas, sem citar o objeto de atenção), mas a letra embaixo da escatologia engraçada tem duas coisas interessantes uma a aula de logica sobre Veith-Karnough que demontra tabelas da verdade para qualquer evento e admitindo que o lavar as mãos seja o eximir-se de culpa (como Pilatos) o Layer fica muito mais interressante, pois a leitura pode ser algo como:
Quando tu se acovarda
Quando tu faz merda
Quando tu magoa quem tu ama
Quando da sequencia a evento irreversivel
Quando tu e desmedidamente violento com teu descente

Mas como ele mesmo declarou a adulteração de originais, faz parte do proprio proceder. Entre tantas adulterações, de Raul Seixas, passando por jingles, desembocamos no seu ultimo trabalha e talvéz o penultimo (ou o antepenultimo da série, dependendo da forma de contagem) o Rogério Skylab em Skylab IX, cuja apresentação geradora estive presente junto de bons amigos e minha descendencia em 2009 e agora foi lançado para nossa sorte. Com poucas palavras divertidissimo e agradavel.