terça-feira, 20 de novembro de 2012

Antropofagia contra o Antropomorfismo

    No século passado enquanto florescia no Brasil o que se chamou de Modernismo com a sua antropofagia no resto do mundo florescia Kiplings, Borroughs, Lewiss entre outros que em suas obras davam atributos humanos a animais em diversos panos de fundo, não pretendo diminuir a obra destes a O livro da Jangal, Tarzan e As crônicas de Narnia, mas num movimento que se jactava de devorar o melhor de cada cultura e cuspiu em Monteiro Lobato, homem de grande visão e alinhado ao elencados anteriormente (inclusive traduziu Kipling),  me parece que o ditado mal traduzido que diz que mordeu mais do que pode abocanhar serve a esse movimento e toda festa idiota sobre o Tropicalismo com o Sr. Abelardo Barbosa arremessando abacaxis e bacalhaus para uma plateia cativa pela ditadura e letargia, não parece-me de algum gosto, elevado ao plano de gênio, como Társica em sua obra maior que é um insulto aos que olham nesta perspectiva onde pés ficam maiores que cabeças, portanto ela deve estar adjetivando o publico como jazente, no caso do Chacrinha o insulto en pasant deve ser algo como seus famélicos. Enquanto nos ufanamos do nome e de tudo aquilo que criamos com o tal falado Modernismo e damos nomes como  Romantismo onde os principais artífices desta autodenominavam-se Trovão e Tempestade, me diz que que de coisas pujantes fazemos ou traduzimo-as como broxantes, daquilo que poderíamos comer a prato pleno fazemos circo sem pão, arremessando pratos para plateia como babuínos em jaulas, sem assumirmos que toda essa arte foi feita de e para burgueses num mercado incipiente de arte como todo mercado interno, afinal a historia so poderia nos ter trazido ate aqui.