Sinto saudades de muitas coisas como animal simbólico, como quando as lixeiras do metro eram de metal e não de acrílico transparente pela possibilidade de artefato explosivo, ou de ver a linha metropolitana como local de locomoção para diversão e não como local de despedida de minha filha, ou quando sorriam com os olhos e olhos faziam arcos e se enchiam de gratas lágrimas, hoje só vejo gente mostrando os dentes neste esgar, como se quisessem propagandear o próprio dentista ou creme dental. Sinto saudades, até mesmo, daquele idílico que nunca vivi.
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